domingo, 9 de maio de 2021

Aprenda a identificar as espécies nativas

 Aprenda a identificar as espécies nativas

Arapuá (Trigona Spinipes)


Bieira cinza (Mourella Caerulea)


Borá (Tetragona Clavipes)


Canudo (Scaptotrigona Depilis)


Guaraipo (Melipona Bicolor Schencki)


Guiruçú (Schwarziana Quadripunctat)


Iraí (Nannotrigona Testaceicornis)


Jataí Preta (Scaura Longula)


Jataí Preta de Cupim (Scaura Latitaris)


Jataí (Tetragonisca Fiebrigi)


Limão Iratim (Lestrimelitta)


Mandaçaia MQQ (Melipona Quadrifasciata Quadrifasciata)

Mandaguari (Scaptotrigona Postica)


Manduri Amarela (Melipona Marginata)


Manduri do Mato Grosso (Melipona Orbignyi)


Manduri Preta (Melipona Obscurior)


Mirim Droriana (Plebeia Droryana)


Mirim Emerina Amarela (Plebeia Emerina)


Mirim Emerina (Plebeia Emerina)


Mirim Guaçu (Plebeia Remota)


Mirim Mosquito (Plebeia Nigriceps)


Mirim Saiquí (Plebeia Saiqui)


Moça Branca Marmelada (Frieseomelitta)


Moça Preta Marmelada (Frieseomelitta)


Sanharão (Trigona Truculenta)


Tataira Caga Fogo (Oxytrigona Tataira)


Tiúba (Melipona Compressipes Fasciculata)


Tubiba Canudo Curto (Scaptotrigona Tubiba)


Tubiba Sem Canudo (Scaptotrigona)


Tubuna (Scaptotrigona Bipunctata)


Uruçu Boca de Renda (Melipona Seminigra)


Uruçu Verdadeira Nordestina (Melipona Scutellaris)
 

sexta-feira, 23 de abril de 2021

Projeto sobre criação de abelhas nativas sem ferrão pode beneficiar mais de dez mil meliponicultores gaúchos | Portal de Camaquã

 

Projeto sobre criação de abelhas nativas sem ferrão pode beneficiar mais de dez mil meliponicultores gaúchos | Portal de Camaquã

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Meliponicultura é a criação das abelhas nativas sem ferrão, que produzem mel com qualidade destacada

22/04/2021 Por Marcela Santos – Foto: Divulgação

Após muito diálogo com meliponicultores, os deputados estaduais Zé Nunes (PT) e Capitão Macedo (PSL) protocolaram na Assembleia Legislativa, o Projeto de Lei nº 94/21, que dispõe sobre a criação, o comércio, o transporte e a conservação de abelhas nativas sem ferrão (meliponíneos) e de seus produtos no Rio Grande do Sul.

A meliponicultura é a criação das abelhas nativas sem ferrão, que produzem mel com qualidade destacada. No Brasil houve um crescimento significativo desta atividade nos últimos anos.

“Somente no Rio Grande do Sul estima-se que existam em torno de dez mil meliponicultores. O setor vem se organizando com a formação associações representativas e com a realização de frequentes encontros e seminários em todas as regiões do Estado, para o desenvolvimento técnico dos meliponicultores e dos novos interessados na atividade e na disseminação junto à sociedade para a estruturação e organização do setor. Entretanto, apesar do crescimento, a meliponicultura não teve o devido atenção seja na legislação regulatória e nas políticas públicas de apoio”, explicou Zé Nunes, coordenador da Frente Parlamentar da Apicultura e da Meliponicultura da AL.

Na avaliação dos meliponicultores, no país, a atividade ainda é tratada pelos órgãos reguladores e fiscalizadores sob a ótica da prática de crime ambiental, desconsiderando a contribuição que presta para a sustentabilidade ambiental, a partir da prestação do fundamental serviço ecossistêmico da polinização, que as abelhas exercem. Os meliponicultores desejam que a atividade seja também reconhecida enquanto atividade produtiva, contemplando todos os pilares da produção sustentável.

Segundo Capitão Macedo, é necessária a criação de um ambiente legal de inclusão e orientação, reduzindo o foco punitivo, de forma a promover a atividade com informações e segurança jurídica daqueles que pretendem exercer essa atividade tão importante para a conservação e preservação das abelhas nativas sem ferrão e de toda a biodiversidade. “Essa proposta foi construída com participação dos meliponicultores, especialmente, de lideranças ligadas à várias associações e federações ligadas ao setor”, lembrou Capitão Macedo.

Fonte: https://www.portaldecamaqua.com.br/noticias/27874/projeto-sobre-criacao-de-abelhas-nativas-sem-ferrao-pode-beneficiar-mais-de-dez-mil-meliponicultores-gauchos.html

Paulistanos criam abelhas sem ferrão como animais de estimação

 

Paulistanos criam abelhas sem ferrão como animais de estimação

Gabriela Amorim

Jataí, mandaçaia, mirim… Esses são nomes de abelhas nativas, cada vez mais familiares para um grupo de moradores da cidade. Ainda que diversas espécies, todas sem ferrão, se adaptem a áreas urbanas sem esforço do homem — instalam-se em postes e árvores ocas ou em buracos de muros, por exemplo —, esses criadores cuidam dos insetos em casa, como se fossem animais de estimação. Ao mesmo tempo que ajudam a preservar as espécies, de papel fundamental na polinização de plantas, colaboram para o equilíbrio do meio ambiente.

“As abelhas promovem uma mudança no comportamento das pessoas que vivem nas metrópoles. Trazem uma consciência maior sobre nosso ecossistema natural”, acredita o biólogo Cristiano Menezes, pesquisador da Embrapa Meio Ambiente e membro do comitê científico da Associação Brasileira de Estudos das Abelhas (A.B.E.L.H.A).

“O contato com a terra e com os insetos me faz voltar às origens. Eu me tornei um roceiro urbano”, brinca o apresentador Marcelo Tas, paulista de Ituverava, que desde agosto cria jataís. “Para a melhor alimentação delas, troquei as plantas e flores por opções nativas”, diz Tas, que usa o telhado verde de seu estúdio no Jardim Paulistano.

Marcelo Tas, de óculos escuro, com um braço sobre a sua caixa de criação.
Marcelo Tas, que cultiva plantas e flores para os insetos: “roceiro urbano” Arquivo pessoal/Divulgação


Cuidar dessas espécies é simples. Para começar, obtém-se uma caixinha com uma colônia com algum criador. Mas é preciso atenção a uma nova legislação. Em fevereiro, a Secretaria de Infraestrutura e Meio Ambiente (Sima) do estado passou a regular a criação no Sistema Integrado de Gestão de Fauna Silvestre (GeFau).

“É obrigatório o cadastramento até 19 de agosto. Pelo cenário de pandemia, estamos dispostos a prorrogar o prazo”, afirma Sérgio Marçon, coordenador de Fiscalização e Biodiversidade. Para obter a autorização, mesmo sem motivo comercial, é necessário passar o nome da espécie, o comprovante de endereço com coordenadas da instalação do meliponário (local onde fica a colmeia) e documentação pessoal. Desde a entrada do sistema no ar, em 9 de março, até o dia 31 de março, há cinquenta registros.

O chef Alex Atala, do D.O.M. e do Dalva e Dito, se dedica a três colmeias no quintal de sua casa, no Sumaré. “As abelhas ajudam na polinização das minhas orquídeas”, conta o cozinheiro, que também reforça o papel educativo que os insetos tiveram para os filhos. “Eles cresceram entendendo o funcionamento de uma colmeia, a diferença dos méis e pólen. É lúdico.” Para expandir o teor pedagógico, ele pôs na frente do Dalva e Dito uma colmeia de jataís. “As pessoas param para ver.”

Ainda que muitas dessas espécies produzam méis saborosos (veja dois exemplos de receitas abaixo), mais fluidos e de toque ácido, em comparação com os das abelhas africanizadas, com ferrão e as mais usadas comercialmente, a criação não é necessariamente para obter o produto.

“Ainda não tenho um melgueiro (área da caixa onde ficam os favos) e não sei se quero ter”, afirma a cantora e compositora Isabel Lenza. Desde o início da quarentena, ela mantém jataís e mandaçaias no jardim de casa, na Vila Madalena. “Foi louco observar a aglomeração diária delas, indo na mão contrária do que estava acontecendo na humanidade”, observa.


Montagem de duas imagens. À esquerda, Isabel apoiada com o braço em uma mesa que tem sua caixa de criação de abelhas. À direita, a caixa, com o buraco onda há algumas abelhas
A cantora Isabel Lenza e a caixa de criação ampliada (à dir.): início durante a pandemia Clayton Vieira/Veja SP


O pesquisador de sustentabilidade Celso Barbiéri conseguiu uma façanha: mantém três colônias, de jataí, mandaçaia e mirim, em seu apartamento de 55 metros quadrados, sem sacada, no Ipiranga. “Os vizinhos não têm medo. Até apoiam”, garante. Elas ficam em caixas colocadas ao lado de janelas basculantes, ligadas ao exterior por canos de PVC, pelos quais os insetos podem transitar livremente.

Mas, mesmo sendo as abelhas animais independentes, o cuidado com a alimentação delas não deve ser deixado de lado. Em estações do ano com pouca floração, Barbiéri recomenda um reforço energético com xarope de água e açúcar.

Caixa de abelhas ao lado de plantas e de uma parede com tijolinhos
Caixa de abelhas mandaçaia: criação de Isabel Lenza Clayton Vieira/Veja SP

Presidente da SOS Abelhas sem Ferrão, Gerson Luiz Pinheiro recomenda que os donos estudem sobre as espécies. “As pessoas devem entender os ciclos naturais delas, plantar cada vez mais e usar menos venenos”, afirma.

Enquanto grande parte dos criadores trata as abelhas como bichinhos de estimação, sem extrair o mel, há quem encontre nas colmeias uma atividade econômica. Morador de Parelheiros, no extremo sul da capital, o designer gráfico Carlos Barrichello é um dos sócios da Beeliving, marca de méis de onze espécies sem ferrão.

Pelo site beeliving.com.br, se adquirem produtos, por exemplo, de uruçu amarela e mandaguari, de seu sítio com uma área de mata atlântica preservada. Barrichello vende também méis vindos de outros biomas. “Com o processo desde a colheita dos produtos até a colocação no frasco com rótulo, é impossível não se atentar à preservação das abelhas”, diz. “Esse cuidado é essencial.”

No prato e no copo

À esquerda, o drinque amarelado com rodelas de limão espalhadas em volta do copo. À direita, o pão de mel do Evva em um fundo branco
Pão de mel do Evvai, à direita: drinque suburbano, do Jiquitaia, à esquerda Eduardo Maida/Tadeu Brunelli/Divulgação

O mel produzido por abelhas nativas criadas por especialistas pode ter fins gastronômicos. O pão de mel do Evvai, feito com os produtos da Mbee, de jataí, vem com distintas texturas do ingrediente principal: creme, gel e favo, além de chocolate. Essa é uma indicação do editor-sênior Arnaldo Lorençato. O repórter de bares Saulo Yassuda recomenda o drinque suburbano, do Jiquitaia. O mel de mandaçaia de um produtor do litoral do Paraná adoça a mistura de cachaça, Cynar 70, limão e ginger ale.

Fonte: https://vejasp.abril.com.br/cidades/paulistanos-criam-abelhas-nativas-sem-ferrao/

terça-feira, 20 de abril de 2021

Brumadinho: abelhas são resgatadas para ação de reflorestamento na região

Brumadinho: abelhas são resgatadas para ação de reflorestamento na região

Mariana Costa


 
Abelhas guaraipó, nativas da região atingida pelo rompimento da barragem B1, em Brumadinho (foto: Divulgação/Vale)

As abelhas nativas sem ferrão existentes nas áreas atingidas pelo rompimento da barragem B1, em Brumadinho, estão sendo catalogadas e monitoradas por uma equipe de biólogos da Vale. 

A ação teve início ainda em 2019 e faz parte de um acordo assinado com a Secretaria Municipal de Meio Ambiente de Brumadinho para preservação das espécies que vão auxiliar na polinização e, consequentemente, no reflorestamento da região.

No município, as abelhas são protegidas por lei (Lei municipal, nº 2.355, de 22 de setembro de 2017).

Até este mês de abril, 328 colmeias nativas foram catalogadas e algumas delas tiveram que ser resgatadas e realocadas para outras áreas florestais ou para o meliponário (coleção de colmeias) criado pela empresa na cidade. 

A polinização realizada por essa espécie tem sua importância reconhecida, tanto no âmbito agrícola, como para a manutenção da biodiversidade, pela Convenção da Diversidade Biológica (CDB).

Esta convenção está diretamente ligada à Organização das Nações Unidas, sendo um dos mais importantes instrumentos internacionais relacionados ao meio ambiente.

 
Colmeia da abelha jataí na região de Brumadinho (foto: Divulgação/Vale )

Das cerca de 200 espécies de abelhas sem ferrão existentes no Brasil, mais de 25 já foram identificadas em Brumadinho. As mais conhecidas, como a jataí, mandaçaia, manduri, mandaguari e a uruçú, constroem geralmente seus ninhos em cavidades existentes em troncos de árvores.

Outras utilizam formigueiros e cupinzeiros abandonados ou constroem ninhos aéreos presos a galhos ou paredes. As colônias de abelhas nativas brasileiras variam entre 500 a 4 mil indivíduos, de acordo com a espécie.

*Estagiária sob supervisão do editor Álvaro Duarte